quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

"Filhos do Éden: Anjos da Morte" chegou às livrarias; confira datas e locais das sessões de autógrafos pelo país


Chegou oficialmente às livrarias de todo o Brasil nesta quarta-feira, 8 de maio, o meu mais novo romance - "Filhos do Éden: Anjos da Morte". Caso você não encontre na loja mais próxima à sua casa, converse com o gerente. É também possível comprar online através dos seguintes links:

» Compre "Anjos da Morte" para livraria da Folha
» Compre pelo link do Jovem Nerd no Submarino
» Compre pela Saraiva o livro e ganhe uma camiseta 
» Compre o romance pela Livraria da Travessa 
» O livro está também disponível na Livraria Cultura

O Submarino está com um descontão exclusivo para o link do Jovem Nerd, de R$ 39,90 para R$ 29,90. Já a Saraiva não dá desconto na compra, mas está disponibilizando uma bela camiseta promocional de brinde.

Compartilhem nas suas redes sociais e avisem aos amigos!

Leia os primeiros capítulos de graça. Em comemoração ao lançamento, a editora liberou o PDF com os dois primeiros capítulos do livro. Baixe para o seu computador ou leia online, aqui.

Sessões de autógrafos pelo Brasil. Já confirmei a minha visita a várias cidades do Sul e Sudeste. Logo fecharei as datas para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Clique aqui para conferir a minha agenda completa até agora. Espero poder vê-los em breve :-)

Da esquerda para a direita: Sophia, Denyel (como soldado em Paris, em 1944), Zac e Ismael. Arte: Andrés Ramos.

Imagino que muitos já saibam, mas não custa lembrar. Neste romance, o segundo da série “Filhos do Éden”, regressamos ao passado para contar a história de Denyel, um dos querubins exilados, e sua trajetória junto ao esquadrão dos anjos da morte, desde a invasão das tropas aliadas à Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, à queda do Muro de Berlim, em novembro de 1989.

Confira abaixo algumas imagens e mais detalhes do enredo.

A TRAMA

Quando o século XX raiou, o tecido da realidade, a barreira mística que separa os mundos físico e espiritual, adensou-se. Os novos meios de transporte, as ferrovias e os barcos a vapor levaram o progresso aos cantos mais distantes do globo, pervertendo os nódulos mágicos, afastando os mortais da natureza divina, alargando as fronteiras entre o nosso mundo e as sete camadas do céu. 

» Escute o NerdCast 362, sobre "Anjos da Morte", e confira os áudio dramas
» Confira os filmes que inspiraram "Filhos do Éden: Anjos da Morte"
» Conheça (e escute) as músicas que serão comentadas no livro
» Baixe de graça os mapas de guerra que estarão no livro (em .pdf) 

Isolados no paraíso, incapazes agora de enxergar o planeta, os malakins, responsáveis por estudar os movimentos do cosmo, solicitaram a ajuda dos “exilados”, anjos pacíficos, que há anos atuavam na terra. Sua tarefa, a partir de agora, seria participar das guerras humanas, de todas as guerras, para anotar as façanhas militares, o comportamento das tropas, e depois relatá-las aos seus superiores alados.

Disfarçados de soldados comuns, esse grupo esteve presente desde as praias da Normandia aos campos de extermínio nazistas, das selvas da Indochina ao declínio da União Soviética. Embora muitos não desejassem matar, era isso o que lhes foi ordenado, e o que infelizmente acabaram fazendo.

Vultos. Terríveis espectros de ódio, capazes de devorar não apenas o corpo, mas a alma de suas vítimas. Arte: Andrés Ramos.

» Curta a página de “Filhos do Éden” no Facebook
» Compre “Herdeiros de Atlântida” pelo link do JN
» Adicione "Anjos da Morte" à sua estante no Skoob

“Filhos do Éden: Anjos da Morte” se passa no mesmo universo dos meus livros anteriores, mas o cenário, agora, são as guerras modernas e as lendas que delas surgiram, as sociedades secretas, a bruxaria nazista, os experimentos psíquicos conduzidos pelos agentes da ex-União Soviética, a disputa das superpotências pela arma do juízo final.


Primeiros estudos de capa, feitos pelo artista Stephan Stoliting.

Mas nem só de espoleta é feito este tomo. No ínterim entre as aventuras de Denyel, saltaremos ao futuro para acompanhar a jornada de Kaira, Urakin e Ismael, um novo personagem que se junta ao coro, e sua missão para resgatar o amigo exilado, tragado pelo redemoinho cósmico do rio Oceanus, após a batalha na fortaleza de Athea (em “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida”).

Para trazê-lo de volta, eles precisarão encontrar a colônia perdida de Egnias, a última das cidades atlânticas, desaparecida desde o dilúvio, e o afluente que, segundo os rumores, poderá levá-los ao exato local onde jaz o parceiro.

"CHARACTER-DRIVEN"

Diferentemente de “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida” e de “A Batalha do Apocalipse”, o maior atrativo desta obra não está nos heróis invencíveis, nos golpes de espada ou em um grande desfecho, mas na atmosfera de intriga, espionagem e paranóia que se apodera de Denyel, obrigado a atuar como capanga dos malakins, a cometer assassinatos, a praticar caçadas, massacres e outros crimes de igual aspereza.

Yaga, chefe de operações de Denyel. Istambul, 1973. Arte: Andrés Ramos.

Com o avanço dos capítulos você perceberá, então, que este livro é um pouco diferente dos meus trabalhos pregressos. Pela primeira vez, tomei a decisão de construir o enredo com foco nos personagens e não em um determinado evento ou missão, um recurso que os americanos costumam chamar de “character-driven. O resultado é uma narrativa mais adulta e sombria, com uma forte carga dramática e voltada, sobretudo, para a psicologia de Denyel e seu gradual processo de corrupção.

O que importa, agora, não é o que se passa no mundo, mas a resposta do protagonista a tais episódios. O que acontece quando um soldado abandona os seus valores? O que ocorre quando um querubim contraria sua natureza de casta?

Beretta 1951, a arma dos anjos da morte. 

Frente a isso, "Anjos da Morte" se tornou (mesmo para mim) uma obra imprevisível em vários aspectos: eu sabia o que iria acontecer a cada página, só não sabia como. E quem determinou esse como foi o próprio Denyel ao longo da história, e não o roteiro que eu havia previamente traçado.

NOVIDADES

 Nikarath, outra criatura abissal presente no livro. Qualquer semelhança com Lovecraft não é mera coincidência. Arte: Andrés Ramos.

Continuarei a postar aqui no blog, no Facebook e no Twitter todas as novidades sobre “Anjos da Morte”, inclusive os desenhos do Andrés Ramos, o Amigo Imaginário do NerdCast, que está trabalhando nas artes conceituais.

Mais uma vez, obrigado a todos por me inspirarem, e por tornarem essa trajetória um pouco menos solitária. Espero que curtam essa nova aventura angélica :-)

 
Denyel. Operação Overlord. Por Andrés Ramos (@renderia)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Trilha sonora – conheça as músicas que aparecerão em “Filhos do Éden: Anjos da Morte”

Frequentemente me perguntam o motivo pelo qual escolho certas músicas para ilustrar os meus livros. Na maioria das vezes, não existe uma razão específica, para falar a verdade. Can’t Take my Eyes Off You foi utilizada em várias passagens de “Filhos do Éden: Herdeiros de Atlântida” simplesmente porque ela era (e ainda é) uma das canções mais conhecidas de todos os tempos, e eu precisava de uma melodia que as pessoas lessem e automaticamente a escutassem “tocando” no cérebro.

» Confira imagens, data de lançamento e mais detalhes sobre o livro
» Clique aqui para deixar o seu nome e email no cadastro do blog
» Assista os filmes que inspiraram "Filhos do Éden: Anjos da Morte"

Pesquisando para escrever “Filhos do Éden: Anjos da Morte”, uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o crescimento – ou eu deveria dizer, a “explosão” – da chamada cultura pop nos anos que se sucederam à Segunda Guerra Mundial. O rock n’ roll nasceu nos Estados Unidos, em fins dos anos 40, dando início a uma revolução musical que se alastraria pelo resto do globo. Os álbuns e as bandas (de rock e de outros estilos) passaram a determinar não apenas preferências, mas atitudes, sendo os grandes artistas verdadeiros líderes dessa nova geração que surgia.

Justamente por isso, e uma vez que eu tinha me proposto, desta vez, a abordar o século XX, era necessário dar um peso maior às canções desta vez. Para o caso de você querer conhecer mais sobre elas, fiz uma lista abaixo, incluindo um pequeno comentário a seguir.

Stardust. Composta originalmente pelo pianista Hoagy Carmichael em 1927, tornou-se popular nos Estados Unidos pós-depressão, sendo tocada em clubes e bares de jazz. A versão que aparece no livro é instrumental apenas (a letra seria adicionada mais tarde). Stardust é tida como uma das obras mais regravadas do século XX, com aproximadamente 1.500 gravações.



Blue Skies. Escrita em 1926 pelo compositor russo residente nos Estados Unidos Irving Berlin, é outro clássico americano. Mais animada que Stardust, apresenta acordes “dançantes”, o que costumava empolgavar as pessoas, especialmente as mulheres.



April in Paris. Os acordes foram concebidos em 1936 pelo compositor americano Vernon Duke e a letra escrita pelo também americano Yip Harburg, responsável pela trilha sonora de O Mágico de Oz. April in Paris foi primeiramente encomendada para o musical da Broadway intitulado Walk a Little Faster.



In the Mood. Provavelmente umas das “músicas de orquestra” mais aclamadas do planeta, o trabalho do jazzista Glenn Miller é algo que definitivamente resiste ao teste do tempo. O ritmo agitado convidava jovens e adultos às pistas de dança. Lançada em compacto (single) no ano de 1939, In The Mood virou uma espécie de “hino dançante” para os soldados aliados na guerra.



Hound Dog. Gravada originalmente em 1952 pela cantora de blues Big Mama Thornton, a música ficou eternizada na voz do “imortal” Elvis Presley, que a regravou em 1956 e a cantou no programa do apresentador de televisão Ed Sullivan. Reconhecida pela revista Rolling Stones como uma das 500 maiores canções de todos os tempos, Hound Dog (Cão de Caça, em português) era à época uma marca da juventude transviada.



Only You. Outra peça que é quase um sinônimo dos anos 50. Foi gravada pelo grupo The Platters, um dos mais populares conjuntos musicais da chamada “era do rock n’ roll”. Only You – tecnicamente batizada de Only You (and You Alone) – só foi desbancada por outra canção da mesma banda, The Great Pretender.



Break on Through (To the Other Side). A composição-chave que marcou o Vietnã foi na verdade Fortunate Son, da banda californiana Creedence Clearwater Revival, mas como o lançamento do compacto só aconteceria em 1969, quase um ano depois da data em que, no livro, Denyel chega à base de Da Nang, eu tive que escolher outra música para ilustrar a cena. Decidi então adotar Break on Through (To the Other Side), do álbum de estreia do The Doors, que chegaria ao mercado fonográfico em janeiro de 1968. Embora tenha feito pouco sucesso nas primeiras semanas, Break on Through conquistaria os ouvidos do público nos meses seguintes.



I Don't Know Why. Esta é a música que os soldados da companhia de Denyel escutam dentro do galpão da base de Da Nang, antes do ataque dos vietcongues, durante o feriado do Tet (capítulo 37). Clarence “Frogman” Henry a gravou em 1961, mas ainda com os acordes rockabilly característicos dos anos 50. Ficou mais conhecida nos nossos dias ao fazer parte da trilha sonora do filme Forrest Gump (1994), dirigido por Robert Zemeckis.



California Dreamin'. Outra canção nomeada pela revista Rolling Stone como uma das 500 melhores de todos os tempos. O grupo nova-iorquino The Mamas & the Papas gravou e lançou a balada em 1965, que posteriormente ganhou versões do The Beach Boys, The Carpeters, de George Benson e mais recentemente, do R.E.M.



Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band. Não só a música, mas o álbum homônimo dos Beatles é provavelmente uma das grandes obras de arte modernas. Sgt. Pepper's fez com que os quatro rapazes de Liverpool, antes vistos como animadores de uma bandinha pré-fabricada, ganhassem o respeito dos críticos. A capa do disco é curiosa e polêmica. Nela, estão estampadas figuras de celebridades, políticos, artistas e pessoas famosas – o barato na época era tentar reconhecer cada rosto. Uma dessas faces era do líder nazista Adolf Hitler, que acabou sendo excluída na versão final. Outra era do bruxo inglês Aleister Crowley, adotado como “guru” pelos hippies, considerado libertário por uns e satanista por outros.



Let's Stay Together. Esta canção embalou muitos corações apaixonados nos anos 70, dos drive-ins às discotecas. O cantor de soul americano Al Green a gravou em 1971 e a lançou em compacto. O álbum de mesmo nome saiu em 1972, alcançando astronômico sucesso. A música chegou ao primeiro lugar no ranking da revista especializada Billboard.



Superstition. Stevie Wonder escreveu, produziu e gravou essa música em 1972, que foi lançada em seguida pela Motown, a famosa gravadora norte-americana que revelou dezenas de artistas negros nos anos 70, incluindo Diana Ross e os Jackson Five (e depois, claro, Michael Jackson em sua carreira solo).



Blowin' in the Wind. Embora tenha sido escrita e originalmente cantada por Bob Dylan em seu álbum The Freewheelin' Bob Dylan, em 1963, a música ganhou projeção com a versão de Joan Baez, tornando-se, a partir de então, um tipo de grito de protesto a favor dos direitos civis nos EUA e contra a Guerra do Vietnã.



Nobody Does it Better.  Parte da trilha sonora original do filme O Espião que Me Amava, a 10ª aventura de James Bond no cinema, foi gravada pela cantora Carly Simon e lançada em 1977, junto com a estreia do longa-metragem. A música ficou por três semanas em segundo lugar na lista das 100 canções mais tocadas da Billboard americana e acabou inevitavelmente associada às peripécias do agente 007.

 
Can You Tell Me How to Get to Sesame Street?. Este foi por anos o tema do programa infantil Vila Sésamo. Quem o compôs foi o pianista Joe Raposo em 1969. Os acordes ficariam gravados na mente de muitas crianças dos anos 70 (inclusive na minha) para sempre.